segunda-feira, 24 de março de 2014

A Tragédia e o Conceito de Deus

A Tragédia Grega, tem milhares de anos, ainda assim, merece um olhar atento sobre ela e a sua Cosmovisão. A Tragédia Grega, tem a sua gênese nos antigos ritos de fertilidade helénicos e tem o seu culminar, no espirito Dionisico incorporando todos os mitos Gregos. Um dos autores mais prolíficos, foi Esquilo, havendo igualmente outros mais. O que ressalta em todos eles é o conceito do deus...ou melhor dos deuses. Antes de entrar neste tema, convém realçar, que a Tragédia Grega era um dos ritos, no culto aos deuses e é a primeira forma de teatro conhecida. Tinha como recurso o uso da máscara pelos atores e o culminar, no coro, normalmente os portas vozes dos deuses...mas passemos ao conceito dos deuses...ou de Deus, que é o nosso objetivo final. Segundo o pensamento coletivo dos Gregos, o deus, ou os deuses, eram arbitrários, cruéis, invejosos...e se por vezes favoreciam caprichosamente os humanos, no final castigavam-nos com a sua ira. Por sua vez os humanos, procuravam por regra a sua própria liberdade e autonomia, frente á vontade dos deuses, culminando na tragédia pessoal, por causa da arbitrariedade dos deuses...e a sua justiça. Não é preciso ser erudito, basta ser observador, para ver que este conceito do deus ou dos deuses, foi absorvido pelo homem contemporâneo...para caracterizar Deus. O homem pós moderno, procura conquistar o Olimpo, ou o Paraíso...a todo o custo, ser deus de si próprio, frente a Deus. Na verdade o pensamento ateu, não é mais do que esta tentativa de procurar a imortalidade a todo o custo, procurando destronar Deus...caracterizando-o, como arbitrário, tirano e implacável, só que esta tentativa, culmina na morte...tendo o seu quê de trágico, segundo o espirito Grego.
   Mas será Deus, esse tirano arbitrário, como o pintam os ateus? De maneira nenhuma, o Deus da Bíblia é compassivo, para com os homens, tendo feito uma ponte para o mesmo, através de Jesus Cristo. É verdade que o Deus da Bíblia é absoluto...mas a sua justiça não é arbitrária, caracterizando-se pela Santidade Absoluta. Estas duas visões de Deus, a antropomórfica, segundo o espirito da Tragédia, e a Judaico-Cristã...são paralelas persistindo ambas, até ao dia em que Cristo reinar Absolutamente, na terra e na Eternidade.

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